Publicado 14/09/2021 18:50
Rio - A Polícia Civil indiciou por injúria a idosa que ofendeu o menino George Valentin, de apenas 7, por ser autista. A criança é filha do baterista do grupo Molejo, Jimmy, e de Cristiane Sales, que presenciou os insultos. O caso aconteceu na última quarta-feira (8), quando a vítima brincava na área comum do condomínio e foi chamada de "retardado" pela agressora. De acordo com o delegado titular da 32ª DP (Taquara), Alessandro Petralanda, os envolvidos e testemunhas foram ouvidos e o inquérito foi encaminhado à Justiça.
"Eu espero, sinceramente, que essa pessoa se conscientize, que entenda que o respeito à família, ao próximo, tem que estar sempre à frente, a gente tem que ser solidário à dor da outra pessoa, independente do que ela esteja passando. Eu vi que faltou muita solidariedade, além da falta de informação. Então, a gente quer que essa pessoa seja educada. Espero sim que haja uma condenação em cima do ato que ela praticou, e que ela possa ter a oportunidade de prestar algum serviço à alguma instituição que consiga mostrar a ela o que eu não consegui", declarou Cristiane Sales.
De acordo com a mãe de George, ela, o filho e uma amiga dele iam para a piscina do condomínio, quando presenciaram, pela segunda vez, uma moradora tratando uma criança de maneira ríspida. Ao tentar evitar uma agressão, a mulher passou a chamar o filho de Cristiane de doente e com problemas. A agressora ainda ofendeu o pai da criança por ser negro e disse que ele era "pai de uma criança doentinha".
"Quando eu falei pra ela que o meu filho era autista, que ele não era doente, ela falou pra mim que depois que o autismo virou moda, retardado havia mudado de nome. Isso me doeu muito, eu me senti muito pequena e não bastando isso, ela começou a apontar para o meu filho e chamar ele de retardado", narrou Cristiane.
Os pais de George decidiram registrar ocorrência contra a idosa na 32ªDP (Taquara) pelos insultos feitos ao menino, mas decidiram não representar pelo racismo. "A gente inclusive não quis representar pelo racismo, por injúria. A gente está aqui para preservar a integridade do George, né? Ele é uma criança, independente de qualquer coisa. Nós fomos à delegacia, registramos no livro do condomínio e assim a gente tentou trazer essa educação para soar, pelo menos pelos meios legais, já que ela não conseguiu entender como ser humano." Para Cristiane, além de ter protegido o filho, com a denúncia, ela sente que ajudou a conscientizar as pessoas.
De acordo com a mãe de George, ela, o filho e uma amiga dele iam para a piscina do condomínio, quando presenciaram, pela segunda vez, uma moradora tratando uma criança de maneira ríspida. Ao tentar evitar uma agressão, a mulher passou a chamar o filho de Cristiane de doente e com problemas. A agressora ainda ofendeu o pai da criança por ser negro e disse que ele era "pai de uma criança doentinha".
"Quando eu falei pra ela que o meu filho era autista, que ele não era doente, ela falou pra mim que depois que o autismo virou moda, retardado havia mudado de nome. Isso me doeu muito, eu me senti muito pequena e não bastando isso, ela começou a apontar para o meu filho e chamar ele de retardado", narrou Cristiane.
Os pais de George decidiram registrar ocorrência contra a idosa na 32ªDP (Taquara) pelos insultos feitos ao menino, mas decidiram não representar pelo racismo. "A gente inclusive não quis representar pelo racismo, por injúria. A gente está aqui para preservar a integridade do George, né? Ele é uma criança, independente de qualquer coisa. Nós fomos à delegacia, registramos no livro do condomínio e assim a gente tentou trazer essa educação para soar, pelo menos pelos meios legais, já que ela não conseguiu entender como ser humano." Para Cristiane, além de ter protegido o filho, com a denúncia, ela sente que ajudou a conscientizar as pessoas.
"Como mãe, a gente sempre fica com a dúvida se tomou a decisão certa, se devia ter sido mais enérgica, porque muitas pessoas perguntam: "você não bateu na pessoa? Não reagiu?", mas a minha reação foi de proteção ao George. A gente fica com uma sensação de que fez alguma coisa, não só para proteger o George, mas que a gente conseguiu alcançar uma parte do nosso objetivo, que sempre foi fazer esse trabalho de educação, a gente acredita na educação. Então, quanto mais educadores nós tivermos, a gente consegue evoluir com a inclusão para qualquer diferença."
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